Rio de Janeiro, Palácio da Cidade, 14 de agosto de 2016

Moshe Weinberg, Yossef Romano, Ze’ev Friedman, David Berger, Yakov Springer, Eliezer Halfin, Yossef Gutfreund, Kehat Shorr, Mark Slavin, Andre Spitzer, Amitzur Shapira.

E também Anton Fliegerbauer

Esquecer jamais.

Governador Francisco Dornelles,
Prefeito Eduardo Paes, nosso anfitrião nesta bela cidade,
Ministro Miri Regev, representante do Estado de Israel,
Ministro Marcelo Calero,
Thomas Bach, Presidente do Comitê Olímpico Internacional, a quem agradeço ter colocado fim a anos de execrável indiferença em relação à memória das vítimas inocentes de 1972,
Carlos Arthur Nuzman, Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro,
Caros familiares dos atletas mortos, a quem apresento minha mais profunda solidariedade,

Meus amigos,

É para mim uma grande honra representar o governo brasileiro nesta cerimônia, apesar da dolorosa lembrança que nos traz.
O Brasil rechaça e condena o terrorismo em todas as suas formas. Nada justifica – absolutamente nada – atos dessa natureza. O mundo civilizado não pode aceitar, e não pode jamais esquecer, crimes como o massacre de Munique de 1972, em que 11 membros da delegação israelense foram covardamente assassinados. Que sua memória seja abençoada.
O esporte é, e deve ser sempre, uma força a favor da união dos povos do mundo. A trégua olímpica, herdada dos antigos gregos e endossada a cada quatro anos pelas Nações Unidas, deve ser entendida como símbolo de nossa humanidade compartilhada.
O fanatismo, a intolerância e o terrorismo são a antítese desse espírito. São abominações que devem ser condenadas e combatidas.
Como anfitriões dos Jogos Olímpicos Rio 2016, nós prestamos homenagem aos atletas e técnicos israelenses vítimas da sanha terrorista, movida, repito, pelo fanatismo e pela intolerância, naquele 1972. Que sua morte prematura e absurda seja sempre um alerta contra o extremismo e contra a violência, flagelos mais presentes do que nunca, que continuam a nos assombrar em diferentes partes do mundo.
O Brasil se orgulha de ser um país pacífico, que defende o diálogo e se empenha para aproximar outras nações. Um país formado por brasileiros de diferentes crenças e diferentes origens. Um país aberto a todos.
Essa é mais do que uma opção política. É um traço fundamental de nossa identidade como nação.
Ao prestar aqui um sentido tributo aos israelenses caídos em Munique, quero dizer da minha sincera esperança de que o verdadeiro espírito olímpico sirva de inspiração para todas as nações do mundo, em especial no Oriente Médio. E que o sonho de uma paz justa e permanente possa transformar-se por fim em realidade para Israel e seus vizinhos.
Muito obrigado.