A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reiterado o entendimento de que a situação da incidência do vírus Zika no Brasil não é motivo para recomendações que possam sugerir a transferência ou o cancelamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A OMS tem reafirmado sua posição no sentido de que as condições estão dadas para a realização do evento, posição compartilhada também pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

O Brasil segue colocando prontamente à disposição da OMS todos os dados brasileiros que comprovam que as taxas de incidência de dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são historicamente reduzidas nos meses de julho e agosto, redução que será ainda mais acentuada pelas ações preventivas tomadas pelos três níveis de Governo.

O Brasil tem fornecido, igualmente, informações atualizadas sobre as medidas adicionais de controle de vetores implementadas no Rio de Janeiro e na Vila Olímpica. No contexto dos preparativos para os Jogos Olímpicos, o Governo brasileiro mantém cooperação permanente e informa de maneira regular o Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a resposta à ocorrência do vírus Zika e as ações específicas de prevenção em curso na Cidade-Sede.

Posições públicas recentemente expressas, no sentido de que seria necessário o adiamento ou a transferência dos Jogos, não estão baseadas em dados científicos. Medidas que viessem a recomendar o cancelamento dos Jogos Olímpicos implicariam igualmente a recomendação de interrupção de viagens aéreas e de comércio para e entre todos os 60 países que apresentam transmissão local do vírus Zika.

O Governo brasileiro segue divulgando dados e informações sobre medidas de precaução já tomadas, com o objetivo de contrarrestar o alarme resultante de ações que produzem fatos midiáticos sem base científica.

Desde a ocorrência dos primeiros casos do vírus Zika no país, em maio de 2015, o Governo brasileiro vem trabalhando em estreita parceria com a OMS, por meio da cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e de relatórios regulares no marco do Regulamento Sanitário Internacional (RSI). O Brasil vem tendo também papel pioneiro no desenvolvimento de pesquisas sobre o vírus e doenças a ele associados e no desenvolvimento de testes, tratamentos e vacinas, em cooperação com diversos parceiros. A transparência do Governo brasileiro foi destacada pela Diretora-Geral da OMS, Dra. Margareth Chan, que visitou oficialmente o Brasil em fevereiro último, após a declaração, por sugestão do Comitê de Emergências do RSI, de uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional.