Volto ao site para agradecer a acolhida dos leitores; em uma semana, foram milhares de visitas, com centenas de comentários publicados. Nem todos os internautas concordam com as opiniões que emiti, e as discordâncias são exibidas desde que exista mesmo o ânimo para o debate e não se queira fazer da página um ambiente dedicado à guerrilha político-eleitoral.

Como escrevi no primeiro post, este é um espaço destinado principalmente ao debate público. Não vou deixar de dividir com vocês, inclusive, algumas questões para as quais não tenho necessariamente resposta simples.  Estou sempre disposto a aprender. Essa é uma das razões que fazem este exercício tão prazeroso.

O importante é que os leitores perceberam o sentido desta página. Trata-se de um site pessoal, onde eu analiso, proponho, discuto vários assuntos, principalmente políticas públicas. Não pretendo, e seria descabido, ficar enumerando medidas pontuais, como se estivesse no governo. Quem governa é quem ganhou a eleição. O papel da oposição é, sim, o de criticar, fiscalizar, cobrar e também sugerir.  Uma oposição de qualidade é importante para o país e até para o próprio governo. Escrevi sobre isso em fevereiro, no jornal O Globo, Oposição Pra Quê?,  que está neste site. Vejam também aqui meu último artigo no Estadão, O Desenvolvimento Adiado.

Quanto às soluções, nem sempre são fáceis. Às vezes até que chegariam a ser, como no caso do trem-bala: bastaria deixar de lado. Noutros casos, tornaram-se difíceis, como as obras da Copa do Mundo. Desde que se decidiu que ela seria no Brasil, há uns quatro anos, o governo ficou sobretudo faturando a mídia, e cruzou os braços.

O meu papel, como homem preocupado com o meu país e como representante de um partido de oposição ao governo, é fazer diagnósticos, análises e proposições gerais, baseados nos princípios e valores que consideramos inegociáveis. Estamos falando de opções que definem o futuro de milhões de pessoas.

Muitos leitores disseram sentir-se representados por minhas palavras. É tudo o que posso querer. Em política, o discurso único sempre acaba produzindo mais desculpas do que soluções.

Conto com vocês para fazer este site melhor a cada dia. Muito obrigado!

PS – Alguns leitores, como Iuri, me perguntaram se eu mesmo escrevo. Sim, sou eu mesmo que escrevo. Sempre redigi muito, de artigos acadêmicos aos meus discursos. Fui até editorialista de um grande jornal durante quatro anos, e colunista durante uns dez.